Espero contribuir, com esse BLOG, para a construção do conhecimento farmacêutico.
Vamos interagir, criticar, construir um conhecimento novo, utilizando-se de um novo instrumento.

Saudações farmacêuticas a todos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Similar pode ser dispensado a partir da DCB?

 Até hoje, eu não entendi  a RDC Nº 51, de 15 de Agosto de 2007, que altera o item 2.3, VI, do Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 2007 e o Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007.
O artigo 2.1.  diz: “O medicamento similar poderá ser dispensado quando prescrito pelo seu nome de marca ou pela respectiva Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI) correspondente”.
Assim, o similar não é intercambiável com o de referência. Mas, se prescrito em DCB, com a intenção de se garantir o genérico, o usuário pode levar o similar?
No sistema público, SUS, essa troca está garantida. Mas e no sistema privado?
Quem me explica?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dia Mundial do Farmacêutico

Ainda que de forma atrasada, quero apresentar a decisão da FIP em relação ao Dia Mundial do Farmacêutico definida como sendo 25 de setembro. No Brasil, o CFF estabeleceu como dia oficial  20 de janeiro, segundo a Resolução  Nº 460, de 23 de março de 2007.
A FIP - International Pharmaceutical Federation - foi fundada em 1912. É uma federação mundial de associações nacionais de farmacêuticos e de cientistas farmacêuticos presentes nas relações oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS). A FIP representa 122 Organizações.
Todas essas datas comemorativas não tem valor se valorizarmos nosso dia-a-dia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Formação do Farmacêutico


É possível estabelecer um diálogo com nós mesmos? É viável sermos nossos próprios interlocutores? Pois ao ler o que temos escrito, ainda que seja incipiente e de pouca abrangência, somos impelidos a querer responder às próprias indagações teóricas sobre os assuntos que nos inquietam. A profissão de farmacêutico, ainda que secular, como toda atividade profissional contemporânea, está em processo de mudança e de renovação.   
Muito embora tal situação de renovação e de mudança não esteja restrita ao nosso país, aqui exibe contornos próprios e delicados. As falsificações de medicamento, a condição de saúde e de doença de nossa população, aliadas a sua condição social e econômica, são variáveis que nos exigem a capacidade de conciliar os valores simbólico, econômico e social, vinculados ao medicamento, com os interesses próprios e prioritários da coletividade, remetendo-nos a uma análise particular: a formação profissional.
Ao tratarmos da formação profissional do farmacêutico, devemos considerar a formação acadêmica como um item de peso a ser observado em nossa profissão. Via de regra, está centrada em duas vertentes importantes que deveriam ter a mesma força, mas não têm: a formação tecnológica - necessária para o preparo do medicamento - e a de caráter social - necessária para o atendimento à saúde da coletividade. O profissional farmacêutico, exigido hoje pela sociedade, necessita tanto da visão tecnicista quanto da visão humanista, a fim de que seja capaz de apresentar alternativas e soluções para a sociedade em que atua. Torna-se imperioso, portanto, conciliar esses dois aspectos para se alcançar uma ação equilibrada.
Pode-se afirmar que o desequilíbrio que se verifica entra a visão técnica e a visão humana na formação do profissional farmacêutico é determinado por razões históricas. O aspecto técnico da produção de medicamento sempre foi mais significativo, sedimentando o perfil do farmacêutico como o de alguém que produz medicamento. Isso o tem conduzido  a perder a dimensão da subjetividade do usuário, bem como a não perceber a influência econômica das indústrias farmacêuticas na disputa por mercado consumidor.
Assim, o farmacêutico tem tido uma postura bastante distante da saúde coletiva, causada não só por sua formação acadêmica, mas sobretudo pelas condições de trabalho nas farmácias. De propriedade de leigos, tais estabelecimentos visam exclusivamente ao lucro, influenciados que são pelas indústrias farmacêuticas multinacionais, que não têm seus interesses coincidentes com o da população brasileira. 
Mas estamos otimistas. O movimento farmacêutico, nas três últimas décadas, tem procurado reagir a essa situação de isenção quanto aos elementos axiológicos do medicamento. Tais questões são de fundamental importância neste estudo, tendo em vista a dinâmica do processo social, e ficaremos felizes se conseguirmos respondê-las antes que sejam suplantadas por outras.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Transcrição do site E-farmacos

http://www.essentialdrugs.org/efarmacos/
Existen varias listas de discusión sobre medicamentos esenciales. Quizás la mejor conocida y utilizada sea E-DRUG. El idioma predominante de E-DRUG es el inglés; hace unos meses se creó la lista E-MED para facilitar el acceso a personas que se expresan en francés. En julio de 2000 se creó E-FARMACOS, una lista de discusión paralela a las anteriores, cuyo idioma de expresión habitual es el español.
El objetivo de E-FARMACOS es dar apoyo al concepto de medicamentos esenciales mediante una red de comunicación rápida en español entre todos los profesionales involucrados en este campo. En países en desarrollo, es difícil tener acceso a una línea telefónica o a un fax, y el correo postal ordinario es demasiado lento o poco eficaz. Muchas personas han descubierto la utilidad del correo electrónico como herramienta de comunicación fácil y accesible. E-FARMACOS es un servicio gratuito de SATELLIFE; no le costará más de lo que le cuesta normalmente enviar o recibir mensajes electrónicos ordinarios.
Ocasionalmente se traducirán algunos mensajes o discusiones de las listas E-DRUG o E-MED que se consideran de interés general para los usuarios de e-farmacos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

TCC do Daniel (resumo) que foi aprovado para apresentação oral no XVI Congresso Paulista de Farmacêuticos

PHARMACEUTICAL ASSISTANCE IN THE 8TH MUNICIPAL HEALTH CONFERENCE OF SANTOS CITY. HOW MUCH WAS FULFILLED?
CAMILA DE JESUS SILVÉRIO, DANIEL DE OLIVEIRA SANTOS, PAULO ÂNGELO LORANDI
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

Introduction and objective: A discussão sobre as políticas públicas de saúde relacionadas à assistência farmacêutica (AF) se tornou crescente nos últimos anos. Os Conselhos e Conferências de Saúde são fóruns deliberativos, nos quais se pressupõe a participação democrática, e espera-se um papel de promotor das referidas políticas. Como instância política, o jogo de interesses nesses fóruns pode ser um obstáculo ou não. E o farmacêutico como agente político, nem sempre está presente nesta arena. Considerando tais fatos, investigou-se o grau de concretização dos projetos ou normas legislativas referenciadas pela 8ª Conferência Municipal de Saúde de Santos (CONFMSS), bem como a prevalência da AF como tema no Conselho Municipal de Saúde de Santos (CMSS), sobre a temática AF e o envolvimento de farmacêuticos nestas. Materials and methods: Foi realizada pesquisa retrospectiva, de análise documental, do Diário Oficial do Município de Santos (DOMS), no período entre  8ª e a 9ª CONFMSS. Do mesmo modo, analisou-se as atas das reuniões promovidas pelo CMSS. Foram analisadas 96,5% das edições (N:528) e lidas 14 atas das reuniões do CMSS, faltando seis delas que não foram disponibilizadas. Como referencial teórico para a conceituação do que seriam ações relativas à AF, utilizou-se a Política Nacional de Assistência Farmacêutica e Planos Municipais de Assistência Farmacêutica. Results and conclusion: Da 8ª CONFMSS, foram emanadas 7 propostas prioritárias e 6 não prioritárias. De todas as propostas, apenas duas foram implementadas. Uma delas de forma integral, a farmácia popular, outra de forma parcial, a comissão de padronização de medicamentos. Assuntos pertinentes à AF foram abordados apenas em cinco reuniões do CMSS e a participação dos farmacêuticos foi mínima, visto que nenhum conselheiro pertencia à categoria. Muitos anseios da população ainda estão a serem contemplados. Os resultados da pesquisa demonstraram que a atuação do CMSS e da administração municipal não considera como prioritária o desenvolvimento de políticas de assistência farmacêutica. Acredita-se que havendo maior participação e mobilização da classe farmacêutica tal quadro pode ser melhorado.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Saindo do tema

Olá, vou postar essa foto que tirei em Ilha Bela, no ano passado.
Gosto muito dela, modéstia à parte.
Apesar de sair do tema do blog.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Você é um doutor de "pé quebrado"?

O que a sociedade espera do farmacêutico? Há espaço para um farmacêutico do tipo “Teodoro”? Jorge Amado em seu livro “Dona Flor e seus dois maridos” contrapõe duas personalidades distintas em seus personagens. Vadinho, debochado, um fantasma malandro, cínico e tipicamente brasileiro é o primeiro marido de D. Flor, enquanto Teodoro, o farmacêutico desenhado de um modo estereotipado como antítese do outro, é o seu segundo marido. A figura de Teodoro espelha um referencial popular do “antigo” farmacêutico, 
- ...impossível melhor partido: doutor de diploma e anel de ametista verdadeira, proprietário estabelecido, bonitão, todo composto de colete e ouro, forte de saúde, morigerado de hábitos, um senhor de bem, soberbo quarentão. (Amado, J. 1964:282)
aquela nostálgica figura, para quem tem mais de 35 anos, a quem nos reportamos na necessidade de um medicamento. Mas Teodoro, apesar de ser posto como um “homem de bem”, reconhecido pela sociedade era visto como “Doutor de pé-quebrado”, pois
“Doutor de verdade, de primeira, é médico, é advogado, é engenheiro civil. Dentista e farmacêutico, agrônomo, veterinário, tudo isso é doutor de segunda, de meia-tigela, é doutorzinho... Gente que não teve cabeça nem competência para estudar até o fim... (Ibid.: 330)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Farmácia em Portugal

Em recente viagem, constatei a excelência do serviço farmacêutico em Portugal. Mas os farmacêuticos de lá reclamam de novas regulamentações. Leia mais em meu texto postado no Jornal da Orla